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Lula está certo ao confrontar Israel!

Israel está cometendo um Genocídio, como já o disse o Tribunal Penal Internacional. O governo de Netanyahu pode, sim, ser comparado com o governo de Adolf Hitler, que matou 6 milhões de judeus e dezenas de milhões de pessoas de outros povos, incluindo alemães que se opunham à sua ideologia. Nos últimos quatro meses, a média diária de mortes em Gaza é maior que a média de mortes por dia em qualquer guerra, e a maioria das pessoas mortas são crianças e mulheres. Grande parte das mortes sequer são registradas, pois as vítimas ficam enterradas sob os escombros produzidos pelos bombardeios.

Toda descarga de artilharia sobre Gaza mata pessoas inocentes e desarmadas e, embora isso seja previsível, segue acontecendo de forma ininterrupta. O mundo está vendo isso, sob o silêncio conivente dos governos dos países ricos, há mais de quatro meses. Resoluções da ONU são desprezadas por Israel há 76 anos, sem uma única sanção concreta. As notas de repúdio não fazem nenhuma diferença para um regime que não respeita a ONU.

Lula acertou em cheio ao afirmar que se trata de um genocídio, e que o crime atual praticado por Israel tem o mesmo caráter daquele perpetrado por Hitler. Os sionistas e a extrema-direita agora atacam Lula usando o mesmo método sórdido de acusar de antisemita (anti-judeu) todos que criticam seus crimes. Até mesmo os semitas que se opõem à ideologia do governo Netanyahu são acusados de anti-semitas e perseguidos.

O Estado de Israel é racista desde a origem, desde os fundamentos, quando, para justificar sua existência, argumentou que a Palestina era uma terra sem povo, mesmo que fosse um território ocupado há milênios, por árabes palestinos, por outros povos árabes e por judeus. Israel promove há pelo menos 76 anos a expulsão dos palestinos de suas terras e casas, da mesma forma que o governo Hitler fez contra os judeus e outros povos na Alemanha e depois em vários outros países. Israel subjuga de forma discriminatória inclusive os palestinos que se submetem à sua legislação e regime, como o nazismo fazia nos países por eles ocupados. Israel está matando de forma indiscriminada a população civil na Faixa de Gaza. A Faixa de Gaza é, neste momento, um campo de extermínio de palestinos pelo Estado de Israel. Só não vê quem não quer.

Vimos, nesse contexto, Israel fazer de tudo para esconder e manipular as informações sobre  o massacre. A execução de jornalistas e suas famílias se tornou prática comum, bem como de qualquer um que tente registrar no local os crimes de Israel. O assédio à imprensa não poupou nem a imprensa ocidental, em geral alinhada. A perseguição judicial de ativistas da área da comunicação chegou até mesmo ao Brasil, especialmente contra Breno Altman, com quem partilhamos nossa solidariedade.

A grande imprensa brasileira se alinhou totalmente à  propaganda de guerra de Israel. Repetindo, muitas vezes, linha por linha as posições do Estado sionista, tentando desacreditar não só as fontes palestinas, mesmo aquelas que nenhuma relação tem com Hamas, como também as mais isentas como a Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteiras ou as Nações Unidas, que observam o genocídio in loco e tem seus funcionários também executados nos ataques. Globo, Estadão e Folha de São Paulo mentem descaradamente mesmo sobre fatos fartamente verificados, como os ataques a hospitais e campos de refugiados onde não há nenhuma atividade armada. A imprensa que se autodeclara isenta e profissional demonstra em TV aberta com a cara mais lavada que não se diferencia muito das práticas bolsonaristas de fake news em grupos de whatsapp.

Lula acertou em cheio ao dizer que Israel está fazendo o que Hitler fez. A gritaria da extrema direita e da imprensa sionista e pró-sionista brasileira é a comprovação de que Lula está certo. Para Israel e seus apoiadores no mundo inteiro e também no Brasil, estava sendo conveniente a normalização do genocídio, a prevalência do silêncio. Lula reacendeu o debate colocando o dedo bem onde a ferida dói, e essa atitude do presidente Lula deve ser ressaltada, deve ser defendida.

Se Israel considera Lula uma pessoa “indesejada”, isso só mostra o nível de intolerância do governo Netanyahu. Para o povo brasileiro, indesejados são os convênios e negócios que o Brasil mantém com Israel, especialmente na área de segurança. Política que abastece a indústria da morte nas favelas brasileiras todos os dias, especialmente de jovens negros e de pobres em geral.

Cabe ressaltar a forma humilhante com que Israel tratou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, o que só reforça a necessidade de fechamento da Embaixada do Brasil naquele país. Israel precisa ser derrotado em sua política racista, colonial e genocida, e essa derrota passa por ampliar seu isolamento diante do mundo. O Brasil deve romper relações diplomáticas e comerciais com Israel, suspendendo de imediato todos os acordos e negócios, especialmente na área de segurança, aquisição de armas e equipamentos.

20 de Fevereiro de 2024

Direção Nacional – Iniciativa Comunista

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